Como identificar o trabalho de parto?

É fisiológico contrações de treinamento na gestação e por isso muitas gestantes questionam “como saber se estou entrando em trabalho de parto?”

Essas contrações de treinamento são chamadas de contrações de Braxton Hicks, que são contrações uterinas mas não são indicativas do início do trabalho de parto.

Essas contrações são consideradas normais e não causam dilatação ou apagamento cervical significativos.

Elas são mais comuns no terceiro trimestre da gravidez e podem ser descritas como contrações de treinamento.

Como saber se estou entrando em trabalho de parto?

Como saber se estou entrando em trabalho de parto?

Agora que você já sabe que as contrações de treinamento não são indicativas de trabalho de parto, podemos abordar as fases do trabalho de parto propriamente.

Aqui a gestante realmente estará entrando em trabalho de parto.

As fases do parto são divididas em duas:

Período premonitório;
Período do parto propriamente dito.

Período que antecede o parto ou período premonitório

Durante o período que antecede o do trabalho de parto, também chamado de periodo premonitório, ocorrem uma série de adaptações fisiológicas que preparam o corpo da mulher para o trabalho de parto propriamente dito.

Esse período pode variar em duração e é caracterizado por uma série de mudanças no corpo da gestante. Algumas das características desse período são:

Aumento gradual da atividade uterina: Durante o período que antecede o parto, o útero começa a ter contrações uterinas, que podem ser irregulares, incoordenadas e, às vezes, dolorosas. Essas contrações podem ser sentidas pela mulher como uma sensação de endurecimento ou aperto no abdômen.

Agora que você já sabe que as contrações de treinamento não são indicativas de trabalho de parto, podemos abordar as fases do trabalho de parto.

Aqui a gestante realmente estará entrando em trabalho de parto.

As fases do parto são divididas em três:

  1. Período premonitório;
  2. Fase latente do trabalho de parto;
  3. Período do parto propriamente dito.

É somente na última fase que ocorre o parto, ou seja, o nascimento do bebê.

Vamos ver cada uma dessas fases nas próximas linhas.

 

Período que antecede o parto ou período premonitório

Durante o período que antecede o do trabalho de parto, também chamado de período premonitório, ocorrem uma série de adaptações fisiológicas que preparam o corpo da mulher para o trabalho de parto propriamente dito.

Esse período pode variar em duração e é caracterizado por uma série de mudanças no corpo da gestante. Algumas das características desse período são:

Aumento gradual da atividade uterina: Durante o período que antecede o parto, o útero começa a ter contrações uterinas, que podem ser irregulares, incoordenadas e, às vezes, dolorosas. Essas contrações podem ser sentidas pela mulher como uma sensação de endurecimento ou aperto no abdômen.

Amadurecimento do colo uterino: O colo uterino começa a se preparar para o trabalho de parto, amolecendo, alterando sua orientação no eixo vaginal e começando a encurtar (apagar). Isso permite que o colo uterino se dilate posteriormente durante o trabalho de parto.

Acomodação do polo fetal: O polo fetal, que se refere à parte da criança que está mais próxima da saída do útero, começa a se posicionar no estreito superior da pelve. Essa acomodação é importante para que o bebê esteja em uma posição adequada para o parto.

Aumento das secreções cervicais: Durante o período que antecede o parto, há um aumento nas secreções cervicais. À medida que o colo uterino amolece e se prepara para o parto, pode ocorrer a perda do tampão mucoso, que é uma secreção espessa que protege o útero contra infecções. A eliminação do tampão mucoso pode ser acompanhada de muco e, às vezes, de uma pequena quantidade de sangue.

Descida do fundo uterino: Durante o período premonitório, o fundo do útero começa a descer, abaixando cerca de 2 a 4 centímetros. Essa descida é uma preparação para a progressão do bebê pelo canal de parto durante o trabalho de parto.

Após o período premonitório, inicia-se a fase latente do trabalho de parto.

 

Fase latente do trabalho de parto

Nessa fase, as contrações uterinas tornam-se mais rítmicas, mas ainda não são fortes o suficiente para promover a dilatação do colo uterino.

A mulher pode experimentar um aumento na intensidade e frequência das contrações, mas a dilatação cervical ainda não começa.

A fase latente pode durar algumas horas ou até mesmo alguns dias, dependendo da mulher.

É importante lembrar que cada mulher e cada trabalho de parto são únicos, e a duração e progressão podem variar.

Portanto, nem todas as mulheres experimentarão os mesmos sinais e sintomas durante o período premonitório e a fase latente do trabalho de parto.

 

Trabalho de parto propriamente dito

Se você está se perguntando “Como saber se estou entrando em trabalho de parto?”. Saiba que nesta fase, realmente o bebê vai nascer.

Existem alguns sinais que podem indicar que a gestante está entrando em trabalho de parto.

Contrações regulares e progressivas: Quando o trabalho de parto se inicia, as contrações tendem a se tornar mais rítmicas, aumentar em frequência, duração e intensidade ao longo do tempo. As contrações podem começar espaçadas, mas gradualmente se tornam mais próximas uma da outra.

Dilatação do colo uterino: A dilatação do colo uterino é um dos principais sinais de trabalho de parto. No entanto, a gestante não conseguirá avaliar diretamente esse aspecto sem exame clínico. A dilatação cervical é avaliada por um profissional de saúde durante os exames de rotina. O colo do útero começa a se modificar durante o trabalho de parto. O diagnóstico de trabalho de parto é confirmado quando o colo do útero está dilatado para, no mínimo, 2 centímetros. Além disso, o colo uterino passa por um processo de apagamento, que é o encurtamento e amolecimento do colo. Essas mudanças cervicais devem ocorrer de forma progressiva.

Ruptura da bolsa amniótica: Se a gestante perceber uma perda repentina de líquido amniótico, que pode ser um fluxo contínuo ou um gotejamento, isso pode indicar a ruptura da bolsa amniótica. Isso muitas vezes é seguido pelo início das contrações.

Sensação de pressão no baixo ventre ou nas costas: À medida que o bebê se posiciona no canal de parto, a gestante pode sentir uma pressão no baixo ventre ou nas costas, semelhante à sensação de peso ou desconforto.

Sangramento vaginal: É normal ter um leve sangramento vaginal durante o trabalho de parto, conhecido como “sinal de sangue”. Isso ocorre quando o colo uterino se dilata e pode ser acompanhado por uma secreção mucosa.

Frequência das contrações: No trabalho de parto, as contrações tornam-se mais frequentes e regulares ao longo do tempo. Um bom indicador é quando a gestante está tendo pelo menos duas contrações a cada 10 minutos. É importante observar a frequência das contrações ao longo de um período mínimo de 30 minutos, mesmo após o repouso no leito.

Duração das contrações: Durante o trabalho de parto, as contrações uterinas geralmente duram mais de 15 a 20 segundos. Elas podem se tornar mais longas e intensas à medida que o trabalho de parto progride.

É importante ressaltar que, se a gestante suspeitar que está entrando em trabalho de parto, ela deve entrar em contato com seu profissional de saúde para obter orientações adequadas.

 

Quem pode afirmar que você está em trabalho de parto?

Somente os profissionais de saúde.

O diagnóstico do trabalho de parto é baseado em critérios, sendo os principais relacionados às contrações uterinas e às mudanças no colo do útero.

É importante enfatizar que o diagnóstico do trabalho de parto deve ser feito por um profissional de saúde.

A gestante deve entrar em contato com o seu médico ou equipe de saúde para avaliação e confirmação do trabalho de parto.

O acompanhamento médico adequado é essencial para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê durante o processo de parto.

 

Referência Bibliográfica

Maternidade Escola do Rio de Janeiro. Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2023. Disponível em <http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/obstetricia/assistencia_ao_parto.pdf>. Acesso em 04 de jul. de 2013.