Está com dúvidas em relação à injeção intramuscular?
Essa via de entrega de medicamentos e vacinas tem ganhado destaque no campo da saúde, oferecendo uma absorção rápida e resultados terapêuticos superiores.
Mas o que exatamente é a injeção intramuscular e por que ela é tão importante?
Neste artigo, mergulharemos nos fundamentos da administração intramuscular, explorando desde a escolha cuidadosa dos locais de aplicação até as melhores práticas para garantir a segurança e eficácia desse procedimento.
Vamos desvendar os segredos por trás dessa técnica fascinante e descobrir como ela pode transformar a qualidade do cuidado de saúde.
A injeção intramuscular é um procedimento médico que envolve a administração de medicamentos diretamente no tecido muscular.
Essa forma de administração é utilizada quando é necessário que o medicamento seja absorvido rapidamente e de forma eficaz pelo organismo.
Existem vários fatores a serem considerados ao realizar uma injeção intramuscular. Um dos principais é a massa muscular do paciente.
É importante que o paciente tenha uma quantidade de massa muscular suficientemente grande para absorver o medicamento de forma adequada.
A quantidade de medicamento a ser administrada também pode variar dependendo da massa muscular do paciente.
A espessura do tecido adiposo (gordura) também é um fator importante a ser considerado.
O tecido adiposo pode afetar a absorção do medicamento, portanto, é necessário escolher um local de injeção que minimize a quantidade de tecido adiposo presente.
A idade do paciente também pode influenciar a escolha do local para a injeção intramuscular.
Em crianças e idosos, por exemplo, é necessário ter cuidado extra ao escolher o local devido à diferença na estrutura muscular e sensibilidade.
A irritabilidade da droga é outro fator a ser considerado.
Alguns medicamentos podem causar irritação ou reações adversas se forem administrados em determinadas áreas musculares.
Portanto, o médico deve escolher o local de injeção levando em consideração a natureza do medicamento a ser administrado.
Além disso, é essencial considerar a distância em relação a vasos sanguíneos e nervos importantes ao escolher o local para a injeção intramuscular.
A aplicação inadequada pode resultar em danos aos vasos ou nervos, causando complicações graves.
Em resumo, a injeção intramuscular é a administração de medicamentos no tecido muscular.
Ao escolher o local para a aplicação, é necessário considerar a massa muscular do paciente, a espessura do tecido adiposo, a idade do paciente, a irritabilidade da droga e a distância em relação a vasos e nervos importantes.
Esses fatores são levados em conta para garantir que o medicamento seja absorvido corretamente e minimize o risco de complicações.
A injeção intramuscular tem vários objetivos importantes na administração de medicamentos. Aqui estão alguns dos principais objetivos associados a esse método:
A injeção intramuscular é uma forma de administração parenteral, ou seja, o medicamento é introduzido diretamente no corpo, evitando a passagem pelo trato gastrointestinal.
Isso é particularmente útil quando a absorção oral é inadequada, seja por problemas de digestão, metabolização ou biodisponibilidade reduzida do medicamento quando administrado por via oral.
A injeção intramuscular permite que o medicamento seja absorvido mais rapidamente do que por outras vias, como a oral (através do trato gastrointestinal) ou a subcutânea (abaixo da pele).
O tecido muscular tem uma rica vascularização, o que facilita a absorção do medicamento e sua distribuição pelo corpo, permitindo uma ação mais rápida e eficaz.
Alguns medicamentos são contraindicados para administração oral ou subcutânea devido a características específicas.
Por exemplo, certos medicamentos podem ser inativados pelo ácido estomacal ou enzimas digestivas, ou podem causar irritação no tecido subcutâneo.
Nesses casos, a injeção intramuscular pode ser a opção preferida para garantir que o medicamento seja administrado adequadamente e que sua eficácia não seja comprometida.
Além desses objetivos, a injeção intramuscular também pode ser utilizada para fornecer uma dose precisa do medicamento, facilitar a administração de medicamentos em situações de emergência, garantir uma absorção mais uniforme em comparação com a administração oral e permitir a administração de medicamentos de longa ação em formulações específicas.
É importante ressaltar que a escolha da via de administração, incluindo a injeção intramuscular, depende de vários fatores, como a natureza do medicamento, a condição do paciente, a urgência do tratamento e a preferência do médico.
Sempre é necessário seguir as orientações e prescrições médicas para garantir a segurança e eficácia da administração do medicamento.
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Clientes com indicação ou necessidade de aplicação de medicamentos e vacinas pela via intramuscular são aqueles que se beneficiam de uma absorção mais rápida e eficaz do medicamento ou da vacina através do tecido muscular.
A via intramuscular é frequentemente utilizada em determinadas situações clínicas e oferece benefícios específicos. Vamos explorar esses aspectos com mais detalhes:
A injeção intramuscular permite uma absorção mais rápida do medicamento ou da vacina em comparação com outras vias, como a oral ou subcutânea.
O tecido muscular é altamente vascularizado, o que facilita a absorção e distribuição do medicamento pelo organismo.
Isso é particularmente importante quando é necessária uma resposta rápida ou quando a absorção oral é ineficiente.
Alguns medicamentos têm indicação específica para administração intramuscular devido a características farmacocinéticas ou farmacodinâmicas.
Por exemplo, certos antibióticos, analgésicos, antipsicóticos e hormônios podem ser administrados por essa via para obter uma absorção adequada e resultados terapêuticos eficazes.
Muitas vacinas são administradas por via intramuscular devido à resposta imunológica mais robusta desencadeada quando o antígeno é injetado no tecido muscular.
A via intramuscular é frequentemente preferida para vacinas como a vacina contra a gripe, vacinas combinadas (por exemplo, vacinas que protegem contra várias doenças ao mesmo tempo) e vacinas contra algumas doenças infecciosas.
A injeção intramuscular permite a administração de doses precisas de medicamentos ou vacinas.
Isso é particularmente relevante em situações clínicas onde a dose exata do medicamento é crucial, como no tratamento de certas infecções bacterianas ou na administração de medicamentos de ação prolongada.
Contraindicação de outras vias de administração
Em algumas situações, a via oral ou subcutânea pode ser contraindicada devido a fatores como a inativação do medicamento pelo trato gastrointestinal, irritação da pele ou necessidade de absorção mais rápida.
Nesses casos, a injeção intramuscular é escolhida como a via preferida para garantir a eficácia e segurança da administração.
É importante ressaltar que a decisão de utilizar a via intramuscular para administração de medicamentos ou vacinas é baseada em avaliação médica criteriosa.
O profissional de saúde considerará fatores como a natureza do medicamento, a condição do paciente, a idade, a massa muscular e outras considerações individuais para determinar a via de administração mais apropriada.
A injeção intramuscular deve ser realizada por profissionais de saúde devidamente treinados para garantir a segurança e eficácia do procedimento.
Materiais Utilizados
Para a realização de uma injeção intramuscular, são necessários os seguintes materiais:
Equipamentos de Proteção Individual (EPI):
Luvas de procedimentos: São utilizadas para garantir a segurança e higiene durante o procedimento, prevenindo a contaminação cruzada.
Bandeja ou cuba rim: É utilizada para organizar e dispor de forma organizada os materiais e medicamentos necessários durante o procedimento.
Algodão embebido em álcool a 70%: O algodão embebido em álcool é utilizado para realizar a antissepsia na pele do local de aplicação, desinfetando a área e reduzindo o risco de infecções.
Seringas descartáveis de 1, 3 e 5 ml com a medicação preparada: As seringas são utilizadas para aspirar e injetar a medicação no tecido muscular. A escolha do tamanho da seringa depende da quantidade de medicação a ser administrada.
Agulha com comprimento e calibre adequados: A escolha da agulha depende de vários fatores, como a natureza da medicação, o local de aplicação e a idade do paciente. É importante utilizar uma agulha de comprimento e calibre adequados para garantir que a medicação seja administrada corretamente no tecido muscular.
Agulha com sistema de segurança: Agulhas com sistema de segurança são recomendadas para prevenir acidentes, como perfurações acidentais após o uso. Essas agulhas possuem uma proteção que é ativada após o procedimento, minimizando o risco de ferimentos para o profissional de saúde.
Medicação prescrita a ser preparada: É necessário ter a medicação prescrita disponível e preparada de acordo com as instruções médicas. A medicação pode ser fornecida em ampolas, frascos ou seringas pré-preparadas, dependendo do medicamento e da dose necessária.
Todos os materiais devem ser estéreis, descartáveis e utilizados de acordo com as boas práticas de administração de medicamentos.
É essencial seguir os protocolos de segurança, higiene e as orientações fornecidas pelo profissional de saúde responsável pelo procedimento.
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O procedimento de aplicação de uma injeção intramuscular pode ser dividido em etapas da seguinte forma:
Explicar o procedimento ao cliente e/ou ao familiar: Antes de iniciar o procedimento, é importante explicar ao cliente ou ao familiar sobre o que será feito, qual é a finalidade da injeção intramuscular e esclarecer eventuais dúvidas.
Higienizar as mãos: O profissional de saúde deve realizar a higiene das mãos de acordo com as diretrizes de biossegurança, garantindo a assepsia adequada antes de iniciar o procedimento.
Reunir os materiais e preparar a medicação: Os materiais necessários, como seringas, agulhas, algodão embebido em álcool a 70% e luvas de procedimentos, devem ser organizados na bandeja ou cuba rim. A medicação prescrita deve ser preparada de acordo com as instruções médicas.
Calçar luvas de procedimentos: O profissional de saúde deve calçar luvas de procedimentos estéreis para garantir a segurança e higiene durante o procedimento.
Posicionar o cliente de acordo com o local de aplicação: Dependendo do músculo escolhido para a injeção intramuscular (deltoide, vasto lateral da coxa, dorso glúteo ou ventro glúteo), o cliente deve ser posicionado de forma adequada. Isso pode envolver sentar, ficar em pé ou deitar em decúbito dorsal, decúbito ventral ou lateral.
Delimitar o local de aplicação de acordo com o músculo: Com base no músculo selecionado, o profissional de saúde deve identificar o local de aplicação de forma precisa. Isso pode envolver a identificação de pontos anatômicos de referência, como o processo acromial para o deltoide, o trocânter maior e a articulação do joelho para o vasto lateral da coxa, a espinha ilíaca posterossuperior e o grande trocânter do fêmur para o dorso glúteo, ou o quadrante supralateral no ventro glúteo.
Proceder a antissepsia na região delimitada da pele: Utilizando o algodão embebido em álcool a 70%, o profissional de saúde deve realizar a antissepsia da pele na região delimitada para a aplicação. Movimentos únicos devem ser realizados e o local deve ser deixado secar naturalmente.
Segurar o algodão com os dedos mínimo e anular da mão não dominante: O algodão utilizado para a antissepsia deve ser segurado com os dedos mínimo e anular da mão não dominante, deixando a mão dominante livre para manipular a seringa e a agulha.
Segurar a seringa horizontalmente: O profissional de saúde deve segurar a seringa de forma horizontal, utilizando os dedos polegar, indicador e médio da mão dominante.
Distender a pele e pinçar o músculo: Utilizando o dedo polegar e o indicador da mão dominante, a pele deve ser distendida no local de aplicação. O músculo subjacente é pinçado para facilitar a inserção da agulha.
Introduzir a agulha no músculo: Com movimentos firmes e suaves, a agulha é inserida no músculo escolhido, seguindo um ângulo de 90 graus em relação à pele. O profissional deve aplicar uma pressão adequada para penetrar no tecido muscular.
Soltar o músculo: Após a inserção da agulha, o profissional deve soltar o músculo, permitindo que a medicação seja administrada de forma mais eficiente.
Tracionar o êmbolo e verificar retorno de sangue: Com a mão dominante, o profissional traciona o êmbolo da seringa para verificar se há retorno de sangue na seringa. Se houver retorno de sangue, pode ser um indicativo de que a agulha tenha atingido um vaso sanguíneo e a posição da agulha deve ser ajustada.
Injetar o medicamento: Após verificar a ausência de retorno de sangue, o profissional deve empurrar o êmbolo para injetar a medicação no tecido muscular de forma lenta e controlada. A velocidade de administração pode variar de acordo com a medicação e a tolerância do paciente.
Aguardar de 3 a 5 segundos e retirar a seringa: Após a administração da medicação, é recomendado aguardar alguns segundos antes de retirar a seringa. Isso permite que o medicamento se distribua no tecido muscular de forma adequada. Em seguida, a seringa é retirada do local de aplicação com um movimento rápido e firme.
Acionar o dispositivo de segurança da agulha: Caso a agulha utilizada possua um dispositivo de segurança, o profissional deve acioná-lo imediatamente após a retirada da seringa, garantindo a segurança contra acidentes e descartando a agulha de forma adequada.
Comprimir levemente o local da aplicação: Utilizando o algodão que estava na mão não dominante, o profissional realiza uma leve compressão no local da aplicação. Isso ajuda a promover a hemostasia e reduzir o desconforto do paciente.
Recolher os materiais: Todos os materiais utilizados no procedimento, como seringas, agulhas e luvas, devem ser recolhidos de forma adequada e descartados em recipiente apropriado, seguindo as normas de biossegurança.
Retirar luvas de procedimento: As luvas de procedimento devem ser retiradas de forma adequada, seguindo as diretrizes de higiene das mãos.
Recompor a unidade do cliente e colocá-lo em posição confortável: Após a conclusão do procedimento, o cliente deve ser recomposto e colocado em uma posição confortável, adequada e segura, garantindo seu bem-estar.
Dar destino adequado aos materiais e descartáveis: Todos os materiais descartáveis utilizados no procedimento, como seringas, agulhas e luvas, devem ser descartados de acordo com as normas de biossegurança e regulamentações locais. Eles devem ser colocados em recipientes apropriados para descarte seguro de materiais perfurocortantes e resíduos contaminados.
Higienizar as mãos: Após a conclusão do procedimento e o descarte adequado dos materiais, o profissional de saúde deve realizar a higiene das mãos novamente, seguindo as diretrizes de biossegurança.
Checar prescrição médica: É importante conferir a prescrição médica para garantir que o medicamento tenha sido administrado corretamente, em relação à dose, via e horário prescritos.
Proceder às anotações de enfermagem: O profissional de saúde deve registrar todas as informações relevantes sobre o procedimento em um registro de enfermagem. Isso inclui a identificação do paciente, apresentação do medicamento, dose e via de administração, local de aplicação, presença de lesões ou secreções, ocorrências adversas e quaisquer medidas tomadas durante o procedimento.
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Durante a administração de medicamentos pela via intramuscular, é importante observar as seguintes considerações:
Realizar rodízio dos locais de aplicação: É recomendado evitar a repetição frequente do mesmo local de injeção intramuscular para evitar o desenvolvimento de lipodistrofias, que são alterações no tecido adiposo localizado abaixo da pele. Fazer o rodízio dos locais de aplicação ajuda a minimizar o impacto no tecido muscular e promove uma melhor absorção do medicamento.
Não misturar medicamentos distintos na mesma seringa: Cada medicamento deve ser administrado em uma seringa separada. Misturar medicamentos diferentes em uma mesma seringa pode resultar em interações indesejadas, perda de eficácia ou até mesmo reações adversas.
Escolha do local de aplicação em crianças: Ao administrar injeções intramusculares em crianças, é necessário levar em consideração a idade, o peso, o desenvolvimento muscular e a quantidade de tecido subcutâneo. Em crianças menores de 2 anos, o músculo vasto lateral da coxa é geralmente preferido. Já em crianças maiores de 3 anos, que já andam há pelo menos um ano, as opções preferenciais são o dorso glúteo e o ventro glúteo.
Utilização do método em “Z”: O método em “Z” é recomendado para a administração de injeções intramusculares em clientes que recebem injeções por um período prolongado, idosos com massa muscular reduzida e para a aplicação de certos agentes, como o ferro. Esse método envolve o deslocamento ou esticamento da pele até 4 cm com o dedo polegar ou indicador da mão dominante antes de aplicar a medicação. A pele é mantida esticada até a retirada da agulha da pele, o que pode ajudar a reduzir o desconforto e facilitar a administração adequada do medicamento.
É fundamental seguir as orientações e práticas de administração de medicamentos adequadas, bem como as diretrizes e protocolos estabelecidos pela instituição de saúde e as prescrições médicas. Essas precauções visam garantir a segurança e a eficácia da administração do medicamento intramuscular.
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