Você sabe o que causa autismo na gravidez?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta a comunicação e o comportamento, apresentando-se em diferentes graus de severidade em cada indivíduo.
A busca por entender suas origens é um desafio que tem mobilizado pesquisadores ao redor do mundo. Uma pesquisa recente da Universidade de São Paulo (USP), liderada pela neurocientista Anita Brito, trouxe novas perspectivas ao investigar a relação entre fatores genéticos, ambientais e o desenvolvimento do autismo nos filhos de gestantes.
A pesquisa, realizada em colaboração com a Plataforma Científica Pasteur (SSPU) da USP e o Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), analisou a influência de fatores como exposição a produtos químicos, estresse e até mesmo eventos traumáticos durante a gestação.
O estudo, pioneiro nesse enfoque, buscou compreender como esses elementos podem contribuir para o desenvolvimento do TEA.
Um dos aspectos interessantes do estudo é o foco no período gestacional como uma fase crítica para o desenvolvimento do sistema nervoso.
A pesquisa considera que durante esses nove meses, o sistema nervoso está em formação, o que o torna particularmente sensível a influências do ambiente.
Qualquer estresse vivenciado pela mãe durante a gravidez pode desencadear mudanças epigenéticas, ou seja, alterações nos padrões de ativação dos genes que podem impactar o desenvolvimento cerebral do feto.
O questionário on-line aplicado pela pesquisa reuniu informações de 2.141 brasileiros diagnosticados com TEA, incluindo dados sobre histórico familiar de doenças neurológicas e psiquiátricas, perfil socioeconômico e possíveis fatores estressores durante a gestação.
A maioria dos participantes era do sexo masculino, e a idade variou entre 2 e 41 anos para homens e mulheres.
O estudo revelou que a exposição a fatores ambientais e psicossociais durante a gravidez aumenta a possibilidade do desenvolvimento do autismo nos filhos.
Em outras palavras, o resultados da pesquisa apontam para uma associação entre problemas emocionais, como traumas e estresse, durante a gestação e o aumento do risco de autismo nos filhos.
A partir do momento que já se sabe o que causa autismo na gravidez, é possível realizar a prevenção.
Neste contexto, nasce a importância de uma abordagem holística durante o período gestacional, reconhecendo que o bem-estar emocional da mãe pode ter um impacto significativo no desenvolvimento do sistema nervoso do feto.
Assim, é necessário que os serviços de saúde tenham uma ideia clara da interação entre fatores genéticos e ambientais pode contribuir para o surgimento do TEA em determinados casos.
A pesquisa da USP é um passo importante para o avanço do conhecimento sobre as origens do autismo e destaca a relevância de cuidados durante a gravidez, incluindo a minimização de situações de estresse e a atenção à exposição a produtos químicos.
No entanto, é fundamental lembrar que o autismo é uma condição complexa, e múltiplos fatores podem estar envolvidos. Estudos como esse nos aproximam de uma compreensão mais abrangente e nos orientam para a promoção de uma gestação saudável e bem informada.
Fonte da Pesquisa: Universidade de São Paulo – Componentes genéticos e ambientais: trauma e estresse na gestação podem aumentar chances de autismo nos filhos
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