A administração de medicamentos pela via intradérmica pode ser entendida como a introdução de medicamentos entre a derme e a epiderme.
Uma vez que o tecido é pouco distensível, somente será possível a administração de apenas uma pequena quantidade de medicamento, que varia de 0,1 a 0,5 mm.
A via Intradérmica geralmente é utilizada para:
Testes diagnósticos: administração de substâncias pela via intradérmica é muito utilizada para realizar testes de sensibilidade, Como por exemplo o teste de tuberculina. Nesse teste, o profissional administra uma pequena quantidade de antígeno da tuberculose na derme e, após determinado tempo, é realizada a avaliação se houve uma reação na pele. Esse teste auxilia na verificação se a pessoa foi exposta á bactéria causadora da tuberculose.
Vacinação: a via intradérmica é utilizada para a administração da vacina BCG (Bacillus
Calmette Guérin), que confere proteção imunológica contra as formas graves de tuberculose.
Testes de alergia: certas quantidades de substâncias alergênicas são introduzidas na derme para verificar a resposta imunológica do paciente.
O local de administração de medicação por via intradérmica, geralmente é a face anterior do antebraço, na região mais próxima do cotovelo.
A via intradérmica é frequentemente utilizada para as seguintes indicações:
Testes diagnósticos: A administração intradérmica é amplamente utilizada para realizar testes de sensibilidade, como o teste de tuberculina (Mantoux). Nesse teste, uma pequena quantidade de antígeno da tuberculose é injetada na derme e, após um período de tempo, a reação na pele é avaliada. Isso ajuda a determinar se a pessoa já foi exposta à bactéria causadora da tuberculose.
Vacinação: Algumas vacinas são administradas pela via intradérmica, como a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), que protege contra a tuberculose. A administração intradérmica permite uma resposta imunológica mais eficaz em relação a essas vacinas específicas.
Testes de alergia: Em certos testes de alergia, pequenas quantidades de alérgenos são injetadas na derme para avaliar a resposta imunológica do paciente. Esse tipo de teste é comumente conhecido como teste cutâneo.
É importante destacar que a via intradérmica requer habilidade e técnica adequadas, portanto, geralmente é realizada por profissionais de saúde treinados.
O local de administração mais comum para a via intradérmica é a face anterior do antebraço, na região próxima ao cotovelo.
Primeiro passo: Lavar a mão conforme técnica adequada;
Segundo passo: Confira a prescrição médica, que deve conter o nome do paciente, número do leito, nome do medicamento, a via de administração, o horário a ser realizado e a frequência de administração.
Terceiro passo: Reunir todo o material necessário;
Quarto passo: Realizar a desinfecção do balcão de preparo de medicamentos e da bandeja que será utilizada;
Quinto passo: realizar a rotulagem do medicamento contendo, nome do paciente, número do leito, nome do medicamento, dose prescrita, via de administração e o horário;
Sexto passo: conferir novamente o nome do medicamento, dose, via e o prazo de validade da medicação;
Sétimo passo: realizar a desinfecção bolo frasco do medicamento utilizando algodão umedecido com clorexidina alcoólico 0,5% ou álcool a 70%;
Oitavo passo: a abertura da seringa encaixá-la á agulha, para realizar a aspiração do medicamento, utilizando técnica asséptica de modo a proteger a embalagem original;
Nono passo: com o auxílio de um maço de algodão ou gaze, quebre a ampola, fazendo pressão com os dedos indicador e polegar da mão dominante;
Décimo passo: retire o protetor de agulha e mantenha-o dentro de sua embalagem original coloque sobre a bandeja ou em cima do balcão de preparo de medicamento;
Décimo primeiro passo: realizar a aspiração do medicamento segurando a ampola ou frasco ampola com os dedos médio e indicador da mão não dominante, segurar a seringa utilizando os dedos anular e polegar da mão não dominante e com os dedos polegar, indicador remédio da mão não dominante. Em seguida traciona a extremidade do êmbolo com bastante atenção para não contaminar sua extensão. Agora basta aspirar o medicamento;
Décimo segundo passo: reencape a agulha;
Décimo terceiro passo: coloque a seringa na posição vertical e retire o ar;
Decimo quarto passo: troque a agulha utilizada na aspiração pela agulha que será utilizada para administrar o medicamento na derme. As agulhas indicadas são 13mm x 4,5, 10 mm x 5 mm e 15 mm x 3 mm;
Décimo quinto passo: afixe o rótulo de identificação na seringa;
Décimo sexto passo: proteja o êmbolo da seringa com sua embalagem original;
Décimo sétimo passo: reúna na bandeja o medicamento que foi preparado, o algodão, clorexidine alcoólico 0,5% ou álcool a 70%;
Décimo oitavo passo: leve a bandeja para o leito do paciente;
Décimo nono passo: confira o nome completo do paciente, o leito, o medicamento que foi preparado e a via de administração prescrita;
Vigésimo passo: explique o procedimento para o paciente e a seu acompanhante;
Vigésimo primeiro passo: posicione de modo confortável paciente;
Vigésimo segundo passo: escolha o local mais adequado para administrar o medicamento, que poderão ser os seguintes locais: parte superior do tórax, parte ventral do antebraço, parte superior do braço e da região escapular;
Vigésimo terceiro passo: calce luvas de procedimento;
Vigésimo quarto passo: retire a seringa da embalagem;
Vigésimo quinto passo: faça a antissepsia da região escolhida com o algodão com clorexidina 0,5% ou álcool a 70%. Faça movimento em espiral com o algodão, iniciando pelo ponto que será introduzida a agulha, desprezando em seguida ou algodão;
Vigésimo sexto passo: realize a distensão da pele no local da aplicação, utilizando os dedos polegar e indicador;
Vigésimo sétimo passo: introduza um terço da agulha na pele, com o bisel voltado para cima, com um ângulo de 15 graus, quase paralelo á pele. É importante mencionar que não é preciso aspirar após a introdução da agulha, devido às condições anatômicas da derme, relativo a nervos e vasos sanguíneos;
Vigésimo oitavo passo: proceda a injeção lenta da medicação até que se forme uma pequena pápula logo abaixo da pele;
Vigésimo nono passo: retire a agulha em um movimento rápido e único;
Trigésimo passo: Observe as reações do paciente, para depois realizar a as anotações;
Trigésimo primeiro passo: coloque o paciente em uma posição confortável e Organize a mesa de cabeceira, deixando tudo em ordem;
Trigésimo segundo passo: despreze o conjunto de seringa e agulha ( não reencape a agulha utilizada) na caixa de descarte de material perfurocortante;
Trigésimo terceiro passo: recolha os materiais que deverão ser guardados e despreze o material utilizado no lixo adequado;
Trigésimo quarto passo: retire as luvas de procedimento e higienize as mãos;
Trigésimo quinto passo: proceda a anotação das observações enfermagem;
Trigésimo sexto passo: realize a checagem da prescrição médica conforme normativa da instituição.
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Vale ressaltar que existem alguns pontos importantes que devemos considerar durante a administração de medicamentos por via intradérmica. São eles:
Seleção adequada do local da administração
Você deve escolher um local que esteja livre de qualquer de sinal flogistico como inflamação e queixas. Colocar o escolhido não pode ter cicatriz, hérnia o escoriação. A pele deve estar intacta e saudável.
Utilização dos materiais corretos
Dê preferência seringas e agulhas apropriadas para administração intradérmica. Isso facilita o procedimento e evita erros.
Não reencape as agulhas
Após a administração da medicação, não reencape a agulha utilizada, a fim de evitar acidentes.
É importante estar atento a possíveis sinais de reações alérgicas graves, por exemplo, dificuldade respiratória, erupções cutâneas generalizadas ou inchaço facial.
Caso elas corram, notifique imediatamente a equipe de saúde responsável.
Ao terminar de realizar o procedimento, atente-se para anotar todos os detalhes do procedimento bem como as suas observações do comportamento do paciente antes, durante e após a realização.
Registre o nome do medicamento, via de administração, horário realizado, local escolhido e qual foi o horário da administração.
Isto ajuda a equipe de saúde a manter o tratamento correto do paciente.
Ao realizar a administração da medicação por via intradérmica no paciente, certifique-se de seguir os 13 certos da enfermagem.
Após administrar a medicação por via intradérmica, existem alguns pontos esperados que devem surgir, caracterizando o sucesso do procedimento. São eles:
Formação da pápula
Após a administração ação por via intradérmica, forma-se uma pequena elevação na pele. Vale ressaltar que é normal que a pápula fique vermelha, apresentando um pouco de dor e prurido por alguns dias.
Branqueamento da pele
Logo após administração da medicação por via intradérmica, é possível verificar uma mudança da coloração da pele assumindo uma cor branca. Isso ocorre devido ao aumento da pressão provocada pelo líquido injetado dentro da pele comprimindo os pequenos vasos sanguíneos. Geralmente essa cor branca desaparece em alguns minutos.
Prurido
Em alguns pacientes pode ocorrer coceira no local da injeção. Essa coceira geralmente desaparece em poucos dias
A administração de medicamentos por via intradérmica é utilizada principalmente para a administração de vacinas, realização de testes diagnósticos realização de testes de sensibilidade.
A via intradérmica refere-se a introdução de medicamentos entre a derme e a epiderme, permitindo apenas a introdução de pequenos volumes de medicamentos ( 0,1 a 0,5 ml).
É importante ressaltar, que a técnica de administração de medicamentos por via intradérmica, exige qualificação técnica e por isso deve ser administrada por profissionais de saúde treinados.
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